Lina Cavalieri: uma musa clássica e pop
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La Donna Più Bella Del Mondo – Esse era o apelido de Lina Cavalieri, um dos rostos italianos mais marcantes da Bella Époque. Além de chamar a atenção por sua beleza, Lina foi reconhecida internacionalmente por sua voz e atuação, concretizando-se na história como uma mulher à frente do seu tempo.
A Mamma é apaixonada por histórias como a da Lina. Por isso, seu nome estampa uma de nossas baias na casa do Recreio, como uma homenagem a história de uma mulher inesquecível. Vamos desbravar um pouco mais dos detalhes sobre a vida da mulher mais linda do mundo?! Andiamo!
A História de Lina Cavalieri
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É em Florença, no dia 25 de Dezembro de 1874 que nasce Natalina Cavalieri. Seu nome, inspirado na data, nos revela também um pouco mais sobre a história da família de Lina, que era super religiosa.
Quando a musa completa 15 anos, é surpreendida pela morte repentina dos pais, o que a faz ficar sob a tutela do estado, que decide então a colocar em um orfanato católico. Lina não aguenta as demandas e pressões da vida religiosa, que pouco tinham a ver com a sua essência. Algum tempo depois, em um ato de coragem , ela acaba fugindo com uma companhia de teatro.
Assim que chega em Paris, é surpreendida: sua beleza marcante abre muito mais portas do que ela poderia imaginar. Ela começa a cantar em bares e cafés da cidade luz e aproveita a oportunidade para guardar dinheiro. Paralelo a isso, ela se dedica também a aulas de canto com professores renomados. Em 1900, Lina faz sua primeira apresentação como cantora de ópera em Pagliacci, em Lisboa.
A Carreira de Lina
Após sua primeira apresentação, Lina muda-se para Monte-Carlo, cidade no distrito de Mônaco, onde permanece até 1905, quando conhece a atriz Sarah Bernhardt, uma mulher absolutamente brilhante e com uma carreira consolidada em Paris.
Sarah convida Lina para fazer parte da sua equipe teatral e a nossa musa embarca em mais uma aventura: desbravar novos palcos, agora como atriz. Na cidade, ela conhece o tenor italiano Enrico Caruso, com quem protagoniza a ópera Fedora.
Devido ao sucesso das apresentações, Lina e Caruso são convidados para fazer espetáculos no Metropolitan, em New York. Ela permanece na cidade durante toda a temporada de ópera, de 1909 a 1910.
Logo em seguida conhece Robert Winthrop, um nome da aristocracia estadunidense e se casa com ele. Entretanto, o casamento dura pouquíssimo tempo, visto que o casal se separa no meio da viagem de lua de mel.
Após o divórcio, a musa voa para São Petersburgo, se estabelecendo na cidade Russa, onde se concretiza como uma das cantoras de ópera mais respeitadas do mundo. Nesse momento, ela conhece seu segundo marido, o também cantor Lucien Muratore, com quem gravou alguns discos.
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Cansada da vida no país gelado, Lina anuncia sua volta para Paris em 1914, assim como sua aposentadoria. Aqui, conhecemos uma nova face da musa. Ela começa a empreender, e investir em um salão de beleza, voltado para a elite parisiense.
Ela começa também a produzir uma linha de cosméticos, que rapidamente vira uma febre entre as mulheres e a consolida no mercado. Essa sequência de sucessos a leva a escrever em colunas jornalísticas ao redor do mundo, dando dicas de beleza.
Entretanto, Cavalieri nunca abandonou de fato a vida artística. Gravou alguns longas como Sposa Nella Morte!, 1915 e La Rosa di Granata, 1916. Com a ascensão da Primeira Guerra Mundial, ela foge da Europa para se exilar nos Estados Unidos.
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No continente Americano ela entra de vez para a indústria de Hollywood, gravando diversos filmes como A Woman of Impulse, 1918 e The Two Bridges. Ela decide retomar para Paris em 1920, com o fim da guerra. A cidade é palco da última gravação da artista para os cinemas, com o filme L’Idole Brisée.
Nesse momento, ela volta a empreender deixando para trás de vez a carreira como atriz e focando em um novo produto: um perfume, com o nome de Mona Lina, fazendo referência a pintura de Da Vinci.
Quando a Segunda Guerra Mundial tem início, Lina está morando em Florença. Ela se voluntaria como enfermeira, para ajudar a diminuir os danos causados pelos conflitos.
Em 07 de Fevereiro de 1944, a mansão de Lina Cavalieri e seu marido, Paolo d’Arvanni, é bombardeada durante um ataque das forças aliadas à Itália.
Ambos foram encontrados muito próximos à entrada para o abrigo subterrâneo, o que faz os especialistas acreditarem que, ao ouvirem o aviso de bombardeio, eles permaneceram na casa, em busca de salvar jóias e obras de artes. Todas as pessoas que trabalhavam para o casal sobreviveram, pois conseguiram chegar a tempo ao abrigo.
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Lina tinha 69 anos quando faleceu, mas seu legado segue firme até os dias de hoje. Ela ficou eternizada como o belo rosto por trás das obras do designer italiano Piero Fornasetti, que estampa diversos itens decorativos, como almofadas, canecas e quadros.
Nossa! É muita história por trás desse rosto, músicas e filmes tão marcantes, não é? Assim como Lina, a Mamma tem muito orgulho de carregar o nome de mulheres italianas excepcionais em suas baias e falamos um pouco mais sobre elas nesse artigo aqui! Clica pra ver!